sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Proibição do transporte de Gás Liquefeito de Petróleo

A proibição do transporte de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, por meio de motocicletas, não foi uma notícia que desagradou a todos os donos de revendedoras do produto, em São Luís. Alguns empresários do ramo se manifestaram satisfeitos com a determinação da 2ª Promotoria de Defesa do Consumidor, e justificaram o posicionamento afirmando que esta é a chance do serviço voltar a atuar dentro da legalidade, e oferecer segurança ao cliente. Desde o início da semana, o caso tem gerado polêmica entre a categoria, que alega não ter condições financeiras para mudar radicalmente a estrutura dos veículos com a adaptação do SideCar, pequena carroçaria acoplada na lateral. A decisão acolheu critérios estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
A medida, suscitada pelos órgãos fiscalizadores, no entanto, foi considerada 'um importante avanço' pelo empresário Nonato Veiga, proprietário da revendedora Rápido Gás. Segundo ele, apesar de dar maior mobilidade ao serviço, o uso das motocicletas sem a adaptação do SideCar deu vazão a um comércio desleal para quem preferiu não abandonar a norma.
"O mercado de gás da capital foi transformado em um modelo antiquado, ou seja, completamente atrasado, apesar da mobilidade. Além disso, gerou grandes prejuízos aos empresários que permaneceram na legalidade e, por conta disso, também obrigou alguns a adotar o método para não falirem. Assim que soubemos da determinação, comemoramos, e, inclusive, já tiramos de circulação as cinco motos para serem adaptadas", frisou o revendedor.
Localizada na rua E, quadra 7, nº 6, do Parque Atenas I, a Rápido Gás priorizou seus quatro caminhões do seu pátio, cada um deles com capacidade para transportar 150 botijões de GLP. Atualmente, a frota é responsável pelo fornecimento do produto em mais outros dez bairros circunvizinhos, entre eles Cohama, Cohafuma, Cohajap, Cohaserma, Calhau, Olho d'Água, Parque Shalon, Residencial Pinheiros, Novo Tempo, e Vinhais.
Com a medida, o empresário espera que o comércio de gás volte a ser feito 'aos moldes antigos', o que também não significa ao revendedor um atraso, mas uma chance de oferecer maior segurança e credibilidade ao consumidor. "Nenhum revendedor responsável pode usar a rapidez e a economia em detrimento da segurança de seus funcionários, e principalmente da qualidade do produto que chega aos domicílios da capital", lembrou.
"A partir de agora, nosso trabalho será o de seguir a lei, e, é claro, conscientizar a população de que o melhor é sempre ter uma reserva do produto em casa. estamos há sete anos no mercado da capital, e queremos contribuir para que a venda de GLP local seja evitada por revendedores que insistirem em permanecer na ilegalidade", concluiu o empresário.
Promotoria - Em virtude da aceitação de alguns revendedores de GLP de São Luís, pela norma que regulariza o transporte do produto, a promotora Lítia Cavalcante, da 2ª Promotoria de Defesa do Consumidor, adiantou, ontem, à equipe de reportagem do Jornal Pequeno, que o preço do gás pode vir a sofrer queda, no comércio da cidade.
Esta possibilidade foi levantada pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que pretende assinar, na próxima semana, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pela suspensão do fornecimento do produto aos revendedores que continuarem fora da norma.
"Teremos uma reunião com quatro grandes fornecedores atuantes em São Luís, a Nacional Gás Butano; a Liquigás; a Ultragás; e a SHV. Caso a sugestão seja realmente aprovada entre as partes, essas empresas farão a distribuição direta ao consumidor, e este, portanto, será o maior beneficiado, pois terá um produto sem acréscimo de custo", explicou

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